22 de jun. de 2010

No hospital

Fazia uma semana que Gustavo Castanho Parra, de 8 anos, havia chegado ao Hospital do Mandaqui, na Zona Norte. Fora atropelado por uma moto enquanto atravessava a Avenida Inajar de Souza, na Vila Nova Cachoeirinha. Fraturou as duas pernas, um braço e algumas costelas. Tinha gesso e curativos por todo o corpo. Estava quase dormindo quando três palhaços entraram no quarto ocupado por ele, por outras sete crianças e suas mães.

Fernando Paz, codinome Doutor Montanha (altura inferior a 1,60 metro), dedilhava o violão. Juliana Balsalobre (Doutora Bifi) e Luciana Viacava (Doutora Lola Brígida) cantavam: 


"♫_Qui qui qui qui qui qui. Cadê? Ó nóis aqui! Os Acadêmicos do Mandaqui" 


O trio de palhaços fica cerca de dez minutos em cada leito e muda a brincadeira de acordo com o paciente - o mote pode ser um desenho, as estripulias de um super-herói ou os bonecos sobre a cama. Escrito em uma folha de papel grudada na parede, o nome de Gustavo foi a deixa para Doutor Montanha:

_Gustavo Borges! O que aconteceu com você?

_Ele escorregou na piscina - respondeu Doutora Bifi.

_Foi nadar na poça d'água, é?

A brincadeira levou às gargalhadas o menino e sua mãe, a operadora de telemarketing Cláudia Castanho Parra.

20 de jun. de 2010

"Se há um lugar em que podemos medir na prática os benefícios de um estado de espírito mais leve, são os hospitais que abrem suas portas a companhias de palhaços especializados em divertir pacientes infantis. O trabalho dos Doutores funciona como apoio terapêutico.

Essa terapia da risada tem se mostrado valiosa não só para a recuperação mais rápida dos pequenos, como para a manutenção do otimismo entre os médicos e parentes dos internados – o que só ajuda os doentes."


Dra. Floris